Angra Jazz 2017
Leonel Santos O Angra Jazz é desde há muito um festival de Jazz de referência, com uma programação cuidada que procura combinar o melhor do Jazz da actualidade com algum Jazz mais acessível, que tem em conta diferentes públicos, entre os irredutíveis jazzómanos e os leigos que apenas ocasionalmente ouvem Jazz. Uma outra atenção da direcção do Angra Jazz é dirigida ao Jazz nacional, desde a primeira hora presente no festival, e em especial ao Jazz insular, que vem promovendo e desenvolvendo consistentemente, e que se corporiza na Orquestra Angra Jazz e mais recentemente nas pequenas formações que da orquestra vêm saindo. A novidade na programação de 2017, como referi no texto de apresentação do festival, reside na inclusão de vários concertos em diversas salas de Angra, restaurantes, clubes ou a Biblioteca Luís da Silva Ribeiro. E começando por aí mesmo, não tive oportunidade de assistir aos concertos do grupo da Sara Miguel, mas a noite do Wave Jazz Ensemble na Casa do Sal (a que se seguiu uma jam session) confirmou a consistência dos músicos, com um sólido conhecimento do repertório clássico e bons solistas, com Paulo Borges (trompete) e Rui Melo (sax tenor) em evidência, mas também o convidado Paulo Carlos, um ex-angrense e ex-miguelense recém regressado à orquestra. Igualmente bem esteve a secção rítmica: Antonella Barletta, Paulo Cunha e Nuno Pinheiro. A inexperiência, da Casa do Sal, dos músicos e do público (nestas coisas das jam sessions), levou a que a sala não estivesse sempre nas melhores condições, mas também que a jam tivesse começado algo tarde; o que não obstou a que se tivesse assistido a uma boa sessão. Orquestra Angra Jazz Baptiste Trontignon & Minino Garay Charles Tolliver Tentet – Celebrating Thelonious Monk Centennial Ensemble Super Moderne Matt Wilson Quartet Yilian Cañizares Jon Irabagon Quartet O Angra Jazz fez 19 anos, mas há muito confirmou a sua maioridade. O Angra Jazz fará 20 anos em 2018 e quer crescer ainda mais. Pois que cresça, porque crescer assim vale a pena. (Leonel Santos esteve no XIX AngraJazz a convite do festival) |
Paulo Barbosa Orquestra Angra Jazz Posto isto, não haverá como negar que, apostada em celebrar o centenário do nascimento de grandes figuras como Thelonious Monk, Dizzy Gillespie, Tadd Dameron, Ella Fitzgerald e Lena Horne, a orquestra nos ofereceu mais um interessante concerto de abertura. Validando o persistente trabalho dos maestros Claus Nymark e Pedro Moreira e a correspondente dedicação de todos os seus membros, o aspeto mais digno de nota nesta apresentação é o de uma clara interiorização da linguagem do jazz por parte da orquestra como um todo, o que esteve em boa evidência em temas tão intrincados e exigentes quanto “A Night in Tunisia” (Gillespie), “Bemsha Swing”, “‘Round Midnight”, “Let’s Cool One”, “Epistrophy” ou “I Mean You” (Monk). Na secção rítmica, cada vez mais confiante em todos os seus movimentos, destacou-se novamente o contrabaixista Paulo Cunha, sem que a pianista Antonela Barletta tivesse desta vez deixado de surpreender muito positivamente em várias ocasiões, nomeadamente nas peças da autoria de Monk. No final do concerto, havia motivos de sobra para celebrar, esperar e desejar a continuada evolução de uma orquestra que é já, e cada vez mais, um louvável exemplo na educação e formação na área do jazz em Portugal! Baptiste Trotignon & Minino Garay No entanto, se naquele seu papel de apoio ao brilharete de Garay, Trotignon várias vezes incorreu numa toada monótona e pouco atraente para qualquer amante do jazz, a sua versão a solo do standard “The Nearness of You”, confirmou que nos encontrávamos na presença de um excelente pianista de jazz e acabou por constituir, sem qualquer dúvida, o momento mais elevado de todo o concerto. Charles Tolliver Tentet – Celebrating Thelonious Monk Centennial A noite foi salva, porém, por várias improvisações verdadeiramente brilhantes pelo saxofonista alto Todd Bashore e principalmente pelo trompetista Josh Evans – os seus solos sequenciais em “Off Minor” representaram o momento mais elevado do concerto –, bem como por uma ou outra interessante prestação pelo saxofonista tenor Stephen Gladeney, nomeadamente na leitura em quarteto de “Rhythm-a-Ning”. Ensemble Super Moderne O Ensemble Super Moderne recorre a fragmentos díspares do passado do jazz e de várias outras músicas – uma sonoridade cinematográfica esteve bem em foco no tema “Modern”, “Regui” é, obviamente, uma referência à música da Jamaica – e reorganiza-os de forma extremamente coerente, conferindo ao todo daí resultante, capaz de desafiar qualquer óbvia categorização, um significado e um poder de expressão muito próprios. A música pode não ser fácil para todos os ouvidos, mas a plateia acabou por se render de forma visível (e audível nos crescentes aplausos) à qualidade deste projeto. Matt Wilson Quartet A dupla Knufke-Lederer esteve sempre, tanto na sua interação como nas suas improvisações individuais, ao mais alto nível. Chris Lightcap foi um portento de segurança e um solista que nada deixou a desejar. Wilson, em particular, confirmou-se como uma dos mais idiossincráticos e musicais bateristas da atualidade, tanto pelo perfeito domínio de uma enorme panóplia de recursos como pela sua facilidade melódica nas peles, sendo capaz de sugerir na bateria a melodia de qualquer tema – no seu solo em “Pee Wee Blues” (no qual tivemos a felicidade de contar com a participação de Jon Irabagon), o baterista fez-nos mesmo ouvir todas as notas dos 12 compassos que constituem o tema. Em suma, um belíssimo concerto a fechar a 3ª noite do festival. Yilian Cañizares Quintet Pouco dotada como cantora, a líder revelou um domínio técnico básico do violino, mas, mesmo como instrumentista, recorreu sempre às soluções melodicamente mais fáceis e repetitivas, friccionando com toda a força o seu cordofone nos tempos mais fortes, sem qualquer swing ou sincopação e sem qualquer criatividade sob o ponto de vista harmónico/vertical nas suas improvisações (se é que as houve), de onde não poderia deixar de resultar uma toada monótona e dificilmente estimulante para um ouvido jazzisticamente habituado e educado. Os momentos mais interessantes do concerto, foram, sem dúvida, aqueles em que, falando com o público entre temas, Cañizares apontou o dedo ao mundo machista em que vivemos e pelo qual todos somos responsáveis ou, pelo menos, sérios cúmplices. Foi essa a grande mensagem que ficou desta sua passagem pelo Angra Jazz e foi aí que lhe soltei o meu sentido e entusiástico aplauso. Jon Irabagon Quartet Irabagon tinha já conquistado toda a plateia quando, no final da exposição do tema, recebeu o tipo de aplauso que no jazz se recebe, tipicamente, no final de um solo. De facto, o som do sax de Irabagon, que enchia em pleno a sala mesmo quando afastado do microfone, a sua articulação e todas as suas opções, mesmo quando não em improvisação, fazem dele uma das vozes mais majestosas da família dos saxofones – seja o tenor, o alto, o soprano ou o sopranino – das últimas décadas do jazz. Quando entra em modo de improvisação, Irabagon cresce ainda mais, como um tufão que nos enche os ouvidos e a alma em poucos segundos, mas que tem sempre mais e mais para dizer, mesmo quando possa parecer que já tudo havia sido dito. E o mais impressionante é que basicamente o mesmo se aplica a cada um dos seus colegas de palco. Este grupo reúne, efetivamente, quatro dos mais brilhantes músicos do jazz de hoje, não havendo, da parte de qualquer deles, um único movimento, uma única escolha ou decisão, nem um único solo que não surpreenda e arrebate o ouvinte por completo. Toda a música é tocada a um nível insuperável – muitas vezes inacreditável –, sendo percetível um invulgar espírito de comunhão entre todos os músicos do quarteto, que fazem do palco um espaço muito especial de partilha musical, no qual, a todo o momento, cada músico ou todos os quatro podem levar a música para onde lhes apetecer e lhes fizer mais sentido. E porque o jazz deve(ria), por definição, ser isso mesmo, este foi, sem sombra de dúvida, o concerto mais especial e memorável desta edição do Angra Jazz, um festival que, por tudo o que ao longo dos ano nos tem oferecido, muito mereceu ter este como o seu concerto de encerramento. Já falta menos de um ano para a 20ª edição de um grande evento musical que merece vida eterna! Jazz na Rua Os concertos aqui incluídos estiveram a cargo do Wave Jazz Ensemble, do quarteto da cantora Sara Miguel (a que não consegui assistir) e do projeto Mano a Mano. O Wave Jazz Ensemble, uma espécie de “núcleo duro” da Orquestra Angra Jazz, fez uma belíssima apresentação na Casa do Sal, sendo de lamentar apenas que, devendo dar lugar a uma jam session, a atuação se tenha alongado tanto. Quando vários membros do decateto de Charles Tolliver e André Santos finalmente se juntar para a jam, os vários músicos do grupo açoriano continuaram a surpreender e a revelar um nível apreciável na qualidade de improvisadores. Assisti ainda a duas atuações de Bruno e André Santos, que em Angra apresentaram o Vol. 2 do projeto Mano a Mano, ambas com os dois destacados guitarristas madeirenses em apuradíssima forma e apostando num repertório variado, composto por originais de cada um e de ambos os manos, standards e clássicos da música brasileira, todos percorridos com extrema imaginação e marcados por um interplay revelador da enorme empatia musical que reina entre os dois irmãos.(Paulo Barbosa esteve no Angra Jazz a convite do festival) |
Jon Irabagon Quartet |
Matt Wilson Quartet (+ Jon Irabagon) |
Orquestra Angra Jazz |
2 de Outubro de 2017
À hora que publico estas linhas o Angra Jazz iniciou a edição de 2017 há já alguns dias, experimentando uma fórmula que inclui uma série de concertos por músicos
Charles Tolliver |
nacionais, em diversas salas e contextos inesperados. Os músicos convidados são o Wave Jazz Ensemble e o Quarteto de Sara Miguel, dois grupos saídos da Orquestra Angra Jazz, e o duo de guitarras de André e Bruno Santos, o «Mano a Mano». Os espaços para estes concertos são o café Verde Maçã, o Hotel do Caracol, o Cais de Angra, a Biblioteca Luís da Silva Ribeiro e ainda a Oficina d'Angra - Casa do Sal. Hoje à noite mesmo (terça 3) os irmãos Santos iniciam na Biblioteca Luís da Silva Ribeiro a digressão nacional de apresentação do seu mais recente CD («Mano a Mano Vol. 2»).
Antecipada de um dia, a programação do Centro Cultural e de Congressos é também acrescida de um concerto na sua programação tradicional. E tradicional não será, enfim, a programação de 2017, que prima pela diversidade, entre o Jazz mainstream, uma forte marca «etnográfica» e uma inequívoca modernidade.
Orquestra Angrajazz
Mas tradicional é o arranque (quarta-feira) com a menina dos olhos do Angra Jazz – a Orquestra Angrajazz, que tem vindo a crescer em consistência, liderada por Pedro Moreira e Claus Nymark. Aguardam-se mais solistas e mais repertório, de acordo com o que tem vindo a acontecer nos últimos anos.
Baptiste Trotignon e Minimo Garay Duo
O perfume etno manifestar-se-á logo no segundo concerto desse primeiro dia, protagonizado pelo encontro do pianista Baptiste Trotignon com o percussionista argentino Minimo Garay. «Chimichurri» (2016), o disco que ilustra o seu encontro, e que deverão tocar em Angra, cruza o Jazz inequívoco de Trontignon com o tango argentino, os ritmos latinos e um pouco do espírito flamenco que se revela nas percussões e no canto de Garay.
Ensemble Super Moderne |
Charles Tolliver «Celebrating Thelonious Monk Centennial»
O regresso de Charles Tolliver a Portugal, à frente do seu tentet de sete sopros, contém em si o melhor do Jazz clássico. O tentet, que celebra o nascimento de Thelonious Monk (que faria cem anos em 10 de Outubro), pretende recriar um dos raros ensaios de Monk à frente de uma grande formação, o concerto do Town Hall, nota por nota (transcrito por ele mesmo), a que o trompetista assistiu com apenas 17 anos de idade, e que muito oportunamente será pois agora apresentado em Angra do Heroísmo, num dos que se prevê ser um dos grandes momentos do festival.
O Charles Tolliver Tentet «Celebrating Thelonious Monk Centennial» ocorrerá no terceiro dia do festival, excepcionalmente, e porque a sexta feira é dia de trabalho, esta noite haverá apenas um espectáculo, mas os noctívagos podem continuar a noite na Casa do Sal, onde pelas 23 horas o Wave Jazz Ensemble começa a tocar.
Ensemble Super Moderne
Mas de grandes momentos será feito muito provavelmente, também, o terceiro dia do festival, que se inicia com um dos mais interessantes grupos da cena nacional, o Ensemble Super Moderne arrebatou em 2014 o prémio da crítica para o melhor CD nacional: a sua vinda ao Angra Jazz estava a tornar-se urgente. Colectivo de músicos e compositores, intransigentemente bem humorado e irreverentemente moderno, o Ensemble Super Moderne deverá apresentar em Angra alguns temas do seu novo repertório.
Matt Wilson Quartet
O terceiro dia completa-se com o quarteto de um dos mais elegantes, versáteis e requisitados bateristas da actualidade: Matt Wilson. E se é verdade o que dizem: «diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és», este é um quarteto verdadeiramente de excepção, já que os músicos que o compõem são também notáveis compositores e instrumentistas, que combinam um conhecimento da tradição a toda a prova, com a irreverência e ousadia da aventura da modernidade. Atenção pois para as prestações de Kirk Knuffke, Jeff Lederer e Chris Lightcap.
Matt Wilson deverá trazer a Angra, muito provavelmente o seu mais recente trabalho, «Beginning of A Memory», que eu diria simplesmente ter sido um dos mais belos discos editados no ano passado.
Yilian Cañizares Quintet
O primeiro concerto da noite de encerramento do Angra Jazz 2017 poderá incluir-se na classificação do «etno-jazz». Um concerto algo excêntrico, dir-se-ia, para o festival, mas que deverá arrebatar os aplausos do público com facilidade, a avaliar pelo disco que a cubana Yilian Cañizares fez em 2015, «Invocacion», onde é claro o seu virtuosismo ou da banda que a acompanha, mas também o conhecimento da linguagem Jazz, numa fusão de universos que tantos frutos deu no passado.
Jon Irabagon |
Jon Irabagon Quartet
Sem expectativas deverá ser o último concerto do festival, no que toca ao elevado nível da música que iremos ouvir, mas de enorme expectativa quanto ao que iremos ouvir. O quarteto de Irabagon possui várias características singulares, a começar na «origem» dos músicos, mas é inequivocamente o Jazz que os une. Jon Irabagon é a meu ver um dos dois ou três mais espantosos saxofonistas da actualidade, mas que dizer do vulcânico Rudy Royston, do inquieto jovem contrabaixista Yasushi Nakamura, ou enfim do enciclopédico Luis Perdomo que fará as honras da harmonia no quarteto?
Trata-se de um grupo de monstros onde se pode saber onde começa, mas é difícil imaginar como acaba. Pode ser que Jon Irabagon se decida por um repertório inteiramente mainstream, ou pode ser que opte pela modernidade ou o free-jazz. Este será porventura um dos mais tradicionais grupos do saxofonista, marcado em grande medida pela personalidade do pianista, mas todos eles são expoentes máximos dos seus instrumentos, e tudo é expectável.
Um grande concerto em expectativa, imperdível.
Numa altura que as grandes salas, o CCB, a Culturgest e a Casa da Música e os grandes festivais quase ignoram o Jazz ou se demitiram de ter uma programação Jazz própria, restam-nos cada vez menos possibilidades de poder ver e ouvir em Portugal os grandes músicos de Jazz da actualidade como Jon Irabagon, Matt Wilson ou Charles Tolliver. Pois eles estarão em Angra!
Sex 29 | Angra do Heroísmo | Verde Maçã | 18.00 | Wave Jazz Ensemble | |
Sáb 30 | Angra do Heroísmo | Hotel do Caracol | 21.30 | Sara Miguel Quarteto | |
Dom 1 Out | Angra do Heroísmo | Cais de Angra | 21.30 | Wave Jazz Ensemble | |
Seg 2 | Angra do Heroísmo | Cais de Angra | 21.30 | Sara Miguel Quarteto | |
Ter 3 | Angra do Heroísmo | Biblioteca Luís da Silva Ribeiro | 21.30 | Mano a Mano «Mano a Mano Vol. 2» |
Bruno Santos (g), André Santos (g) |
Qua 4 | Angra do Heroísmo | Verde Maçã | 18.00 | Mano a Mano «Mano a Mano Vol. 2» |
Bruno Santos (g), André Santos (g) |
Angra do Heroísmo | Centro Cultural e de Congressos | 21.30 | Orquestra Angrajazz | Claus Nymark (dir), Pedro Moreira (dir) | |
Baptiste Trotignon & Minimo Garay Duo | Baptiste Trotignon (p), Minimo Garay (per) | ||||
Qui 5 | Angra do Heroísmo | Centro Cultural e de Congressos | 21.30 | Charles Tolliver Tentet «Celebrating Thelonious Monk Centennial» |
Charles Tolliver (dir, t), Kirk Lightsey (p), Devin Starks (ctb), Darrell Green (bat), Josh Evans (t), Stephen Gladeney (st), Todd Bashore (sa), Patience Higgins (sb), Stafford Hunter (trb), Aaron Johnson (tu) |
Angra do Heroísmo | Casa do Sal | 23.00 | Wave Jazz Ensemble | ||
Sex 6 | Angra do Heroísmo | Verde Maçã | 18.00 | Sara Miguel Quarteto | |
Angra do Heroísmo | Centro Cultural e de Congressos | 21.30 | Ensemble Super Moderne | José Pedro Coelho (st, ss), José Soares (sa), Rui Teixeira (sb, clb), Paulo Perfeito (trb), Luis Eurico Costa (g), Carlos Azevedo (p), Miguel Ângelo (ctb), Mário Costa (bat) | |
Matt Wilson Quartet | Matt Wilson (bat), Chris Lightcap (ctb), Jeff Lederer (st, cl), Kirk Knuffke (corn) | ||||
Sáb 7 | Angra do Heroísmo | Cais Angra | 18.00 | Mano a Mano «Mano a Mano Vol. 2» |
Bruno Santos (g), André Santos (g) |
Angra do Heroísmo | Centro Cultural e de Congressos | 21.30 | Yilian Cañizares Quintet | Yilian Cañizares (v, voz), Daniel Stawinski (p), David Brito (ctb), Cyril Regamey (bat, per), Inor Sotolongo (per) | |
Jon Irabagon Quartet | Jon Irabagon (s), Luis Perdomo (p), Yasushi Nakamura (ctb), Rudy Royston (bat) |
(Leonel Santos estará no XIX AngraJazz a convite do festival)